sábado, 21 de março de 2009

Me deixa passar a mão nos seus extremos
nas pontas do seu cabelo
nos dedos dos seus pés
Me deixe correr a mão no seu maior segredo
com as pontas dos meus dedos
vasculhar a contra-mão das suas maneiras
Me deite contra o chão
vestigem de grama molhada
vestigem de final de março
Lentamente me deixe
Finalmente me invente
e estejamos, os dois,
enfim rentes.

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