terça-feira, 3 de março de 2009

Brigaram no recreio.
Murilo tocava a ponta da orelha de Lucas com um lápis. Lucas batia no lápis como se fosse um abelha e olhava para trás como se o amigo fosse invisível.
O amigo-abelha repetia todo o movimento.
A professora não entendia o desconforto de Lucas e voltava a olhar para frente.
Lucas enfim pegou o lápis e quebrou em dois. Fez um pouco de soada.
Segurou as partes bem forte nas mão pequeninas, tirou o apontador do estojo e fez a ponta. Dois lápis prontos devolveu para o amigo que aos poucos ganhava forma... como se desenhasse os contornos dele com aquele lápis. A raiva passou e o sino soou. Voltaram para casa.

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