segunda-feira, 18 de maio de 2009

Respirar

Estala os dedos.
Aqui.
O agora está aqui.
Estala os dedos.
O agora está aqui, agora!
Aqui!
O agora está sempre pronto para se vivido.

E sorri, rindo, de como o tempo é tão avesso ao que não seja agora e como, porém, brinca de picula com os estalos de dedos e palavras.
Os bebes riem 4oo vezes por dia. O que acontece na vida para aprendermos tanto, tanta coisa... e sorrirmos menos?
Eu fiquei pensando em como queria ver-la rir. Dizer que queria não era suficiente?... Havia um certo cuidado naquela interdição e eu entendia, não concordava, não gostava, mas respeitava. Não com um respeito de filha assustada... mas com um respeito de irmã que cuida. Queria tanto ver-la sorrir e brincar enquanto ela não entende... enquanto seus pés e mãos são miúdos, enquanto seu cheiro ainda é tão inocente... enquanto ela ainda se torna gente... e é agora que a gente "se" aprende, eu e ela, como sermos irmãs. Mas eu espero. Eu respeito. Eu sinto muito nos colocarem no meio disso... mas eles são os pais. E apesar de ter idade de ser mãe dela... ela tem mãe, pai, , e também tem irmãos, três irmãos... e isso ninguém pode mudar, ninguém pode adiar, ninguém pode...
Estalo os dedos. Sorriso que talvez coincida. Energia, eu acredito... O agora está sempre pronto...

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