quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

E para onde iríamos então? Para uma casa "Ethos", suponho. Onde fica? Ampla. Morada de habitar o mundo. E cada ser humano que nasce deve aprender a viver nessa casa. Mas ela é maior que a própria vida e estadia. E se aprende como? Ainda há o comportamento alheio, contrario, automático e sem medida, que a desconstrói, ou destrói, ou esconde, ou distrai, ou expulsa. De quem depende cada tijolo e jardim? No olhar que sumiu e mudou enxerga a casa de retorno do filho pródigo? Resgatar uma última canção escondida e abrir o dia cantando fariam surgir caminhos em baixo dos pés que levariam ao lar ? Ou um resquício de solidão compartilhada, depois do amor, os corpos mansos, seria abrigo suficiente um abraço? Onde ficou a casa...Ethos... onde ficou a casa? Onde resolveu brincar de solidão sofisticada e ficou preso no escuro? Como brincar de dissolver, de perder o limite, de tornar-se sem contorno, sem, porém, perder a continuidade, brincar de loucura só por um segundo para sentir o mar...onde todos cabem? Onde mundos se misturam numa boca imensa que come e fala e lambe e grita e cala e sorri? A vida de temperança acerta na pimenta e no açúcar. É centro. Onde? Aquela casa Ethos é pesada... Uma roupa no corpo, um silencio no peito, uma memória falha, que treme, teme e acaba. Uma ética que nasce da casa onde mora. Atitude sem crença sincera sucumbe. A consequência de sua vida nem sempre é a resposta que procura. Sofrimento não é mero mecanismo psíquico. Nos colocamos no lugar de coisas e o golpe derruba nossas casas.

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